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Bosch no Brasil
19/10/2023

Inteligência artificial: os impactos da tecnologia que já está mudando o mundo

Mulher AI

Eis uma piadinha gerada por inteligência artificial (IA): “Qual é o maior medo de uma inteligência artificial? Que os humanos descubram que ela não é tão inteligente quanto eles pensam.” Até meses atrás, muitos se espantariam diante de uma ferramenta como o ChatGPT ou o Google Bard, capazes de criar (e não apenas buscar na internet) uma anedota e escrevê-la em português perfeito. Hoje, não ficamos mais surpresos – deixamos naturalmente escapar uma risada ou um riso de canto de boca.

Mas é um riso de nervoso? A presença frequente desse avanço tecnológico tem sido acompanhada de controvérsias – na maioria das vezes, especulação pura. Neste texto, você vai entender o que é inteligência artificial, quando ela surgiu, onde está presente e qual o impacto em diferentes setores.

Você verá que a IA está entre nós há muito tempo, vem se transformando rapidamente e tende a provocar inúmeras mudanças. Verá também que a piada que abriu este texto tem certo fundo de verdade: trata-se de uma tecnologia incapaz de substituir totalmente a inteligência humana, embora tenha potencial incrível – estudiosos estimam que dois terços das tecnologias do futuro vão usar IA de algum modo. Há bem mais motivos para rir de alegria do que de nervoso.

O que é inteligência artificial?

É um ramo da ciência da computação em que algoritmos (sequência de regras específicas de um programa) tornam os sistemas capazes de realizar tarefas de um modo que, se fosse feito por humanos, seria considerado inteligente. Envolve, por exemplo, aplicar probabilidades para chegar a uma resposta, aprender com erros e acertos e identificar padrões de diversos tipos. Esta última característica talvez seja a mais evidente – é fundamental em aplicações como reconhecimento de voz ou de rostos, geração de imagens e de texto (sabe aquela função de autocompletar do teclado dos celulares?) e mesmo carros autônomos (como você acha que eles sabem o que é um semáforo fechado, por exemplo?). A inteligência artificial é capaz de, a partir de um conjunto de dados, extrair padrões que nós, humanos, não conseguimos encontrar. Ela se ramifica em subáreas, como:

Desde quando ela está entre nós?

Especulações sobre a possibilidade de uma inteligência não humana pensar por si própria vêm desde a Antiguidade. Claro que na época nem se cogitava em máquinas autônomas, mas já se discutiam o conhecimento e suas possibilidades.

Os trabalhos mais diretamente ligados ao tema surgiram milênios depois, na década de 1950, com o artigo "Computing Machinery and Intelligence" do matemático inglês Alan Turing. Alguns especialistas consideram 1956 como o marco-zero da IA: naquele ano, uma conferência sobre o assunto no Dartmouth College (em Hanover, no nordeste dos EUA) cunhou o termo “inteligência artificial”.

Ainda que ligada à ciência da computação, a área recorre a conhecimentos de muitas outras ciências, como a psicologia, a matemática, a estatística, a economia, a linguística e a filosofia. Mas só no final do século 20, com o progresso acelerado dos computadores, é que as conquistas se tornaram mais espantosas. Um marco nesse sentido deu-se em 1997, quando pela primeira vez um computador saiu vencedor de uma série de partidas contra o então campeão mundial de xadrez.

Mas foi no século 21 que se ampliaram os avanços, as aplicações e as pesquisas. O desenvolvimento nos últimos cinco anos foi maior do que nos 50 anos anteriores. “IA é a nova eletricidade”, resume o especialista Andrew Ng.

Hoje, a inteligência artificial está presente em inúmeras situações. Alguns exemplos:

Chatbots para atendimento ao cliente

Carros autônomos

Assistentes virtuais (como Alexa e Siri)

Reconhecimento de imagens em vídeos ou fotos

Personalização de posts em redes sociais

Personalização de recomendações em serviços de streaming

Aplicativos de trânsito (como Waze e Google Maps)

Qual é o impacto da inteligência artificial no emprego?

O espaço cada vez mais amplo ocupado pela IA desperta às vezes muitas inquietações. Talvez as mais comuns estejam ligadas a trabalho, carreira.Todos querem saber: vou perder meu emprego para a inteligência artificial? A resposta mais precisa é: provavelmente você não será substituído, mas certamente seu trabalho vai mudar, indica um dos sócios do McKinsey Global Institute, Michael Chui, que já colaborou com a Bosch.

Chui pesquisou cerca de 900 tipos de trabalho e 2 mil tarefas. Sua conclusão? Quase metade dos afazeres remunerados poderia, teoricamente, ser automatizada a partir de tecnologias já existentes. Grande parte são tarefas repetitivas: analisar imagens, coletar dados. Porém, menos de 5% dos trabalhos podem ser de fato inteiramente automatizados, segundo o consultor. “Algumas coisas as máquinas não conseguem fazer tão bem como os humanos, como interagir com outras pessoas e fazer trabalho criativo”, comenta ele.

Uma pesquisa conduzida pelo Fórum Econômico Mundial apontou que o percentual de empresas que pretendem aumentar as contratações em razão da IA é o dobro do percentual que pretende reduzir.

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Qual é o impacto da inteligência artificial na indústria?

Começou no setor digital. Redes sociais, sites de comércio eletrônico, mecanismos de buscas, streaming... A IA transformou por completo a atuação nesse ramo. Agora estamos começando a ver essa transformação se espalhar. “Cem anos atrás, a eletricidade mudou inúmeras empresas; 20 anos atrás, a internet fez isso também. A inteligência artificial está para fazer o mesmo”, comenta o especialista em IA Andrew Ng, que mantém parceria com a Bosch.

Fábricas, transporte, agricultura, serviços… Se hoje é difícil imaginar qualquer uma dessas atividades funcionando sem eletricidade ou internet, o mesmo acontecerá em pouco tempo com IA. Isso significará serviços sendo feitos com mais rapidez, mais segurança e mais precisão.

Veja algumas áreas e funções em que a tecnologia já está sendo usada:

  • Manutenção: a IA pode indicar o melhor momento para fazer reparos no maquinário. Na fábrica da Bosch em Blaichach (sul da Alemanha), 60 mil sensores enviam informações em tempo real sobre vários pontos da linha de montagem. Com isso, ficou mais fácil prever a necessidade de manutenção. O tempo de interrupção de máquinas caiu 25%.
  • Transporte e logística: a IA já é capaz de traçar trajetos que sejam mais rápidos e/ou que economizem combustível. Com base em dados anteriores, prevê demanda de produtos ou serviços e, assim, ajuda a gerenciar a cadeia de suprimentos.
  • Segurança: as novas tecnologias interpretam imagens captadas por câmeras de segurança – o que dispensa o acompanhamento ininterrupto dos vídeos por um ser humano. O sistema de videomonitoramento da Bosch, por exemplo, dispõe de 14 regras de inteligência artificial que podem gerar alertas aos operadores – como objeto deixado ou retirado de um local, cruzamento de barreiras, estacionamento em local proibido e permanência prolongada.

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Qual é o impacto da inteligência artificial nos carros e na mobilidade?

Women and smart car

Eles já estão nas ruas, em fase adiantada de testes. São automóveis que andam sozinhos, param diante de um semáforo fechado, viram a esquina, fazem balão, ultrapassam outros veículos, param em faixas de pedestre, reconhecem sirenes

...Dotados de câmeras, sensores e um poderoso computador de bordo, os carros autônomos usam inteligência artificial para dirigir como um ser humano – porém, de modo mais seguro.

Sua série de dispositivos controla a distância em relação a outros pontos (veículos, calçada, guard-rail, pedestres, canteiros...) e distribui comandos (frear, acelerar, virar, dar seta...). O objetivo é reduzir os acidentes ao máximo (a meta da Bosch é zerá-los), eliminar manobras desnecessárias e trajetos mais trabalhosos – contribuindo, assim, para reduzir as emissões de gases-estufa.

Mas o uso de IA no trânsito vai muito além dos automóveis. Por meio da associação entre inteligência artificial e Internet das Coisas, será possível avançar muito mais em direção a uma mobilidade segura e eficiente. Os veículos poderão, por exemplo, comunicar-se entre si e com estruturas de trânsito, como:

  • Semáforos e câmeras de monitoramento: houve algum acidente ou uma pista está em obras? É possível adaptar os semáforos em tempo real e criar rotas de fluxo mais livre, desafogando o trecho problemático.
  • Oficina mecânica: o carro está com problemas? A direção autônoma o levará à oficina mais próxima, que receberá dados sobre o histórico de manutenção do veículo e poderá, assim, preparar-se para começar o conserto imediatamente.
  • Estacionamentos: zanzar por estacionamentos até achar um lugar para parar? A tecnologia vai nos livrar desse fardo. Os estacionamentos autônomos indicarão onde há uma vaga, e o carro automaticamente se dirigirá até ela.

As vantagens do carro autônomo

Qual é o impacto da inteligência artificial na medicina?

Uma das tarefas que a IA faz melhor é identificar padrões. Não é por acaso, portanto, que seu uso na área de saúde está sendo tão pesquisado – afinal, estabelecer diagnósticos e linhas de conduta é, em grande parte, associar causas e consequências a partir de resultados anteriores. A Bosch já usa IA para procedimentos como:

  • Teste para anemia, que mostra o resultado em 30 segundos, sem ter de coletar uma única gota de sangue.
  • Teste rápido de PCR: o Vivalytic, um dispositivo compacto, faz vários testes de diagnóstico molecular. Ele é capaz de analisar cinco amostras simultaneamente e, em 30 minutos, dar o resultado de todas elas para coronavírus.

A rapidez e, muitas vezes, a precisão está relacionada à enorme quantidade de informações que os sistemas conseguem captar e processar. Num evento realizado no Bosch Health Campus, o Hospital Universitário de Bonn apresentou pesquisas com IA que envolvem coleta de 2 bilhões de dados de 36 mil pacientes, ao longo de dez anos. É bem mais do que qualquer médico experiente é capaz de presenciar ou guardar.

Viu como a inteligência artificial pode levar tecnologia para a vida numa dimensão antes inimaginável?

Gostaria de entender um pouco mais sobre esse assunto? Assista ou ouça nosso Podcast Como a IA pode mudar nosso futuro?

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